Diariamente ganhamos um presente divino: o sopro da vida! E o que você faz, planos para o futuro? Ou sofre por algo do passado?
Isso acontece com muitos de nós, já que geralmente estamos pensando em algo para melhorar o nosso futuro ou estamos remoendo acontecimentos, atitudes, traumas, medos, rancores, palavras que não foram ditas e/ou abraços que não foram dados. Com isso, ficamos imaginando como seria o nosso hoje se ontem tivéssemos feito tudo diferente do que fizemos, se tivéssemos aproveitado melhor nosso tempo para amar e deixar ser amado. Assim, abrimos mão de viver o hoje, o agora!
O agora é o presente divino, pois é nele onde temos a oportunidade de sermos a nossa melhor versão de nós mesmos, com atitudes simples e feitas com amor, como por exemplo, ajudar um deficiente visual ou auditivo a atravessar a rua, fazer a compra do mercado para um idoso, dar um sorriso para quem está triste, um abraço para quem está deprimido ou em luto, ser bom ouvinte para quem precisa desabafar.
Hoje é o momento certo: para perdoar alguém que lhe magoou, para ligar para o ente querido e simplesmente dizer: “Oi, eu te amo e estou com saudades”. Às vezes, brigamos com nossos pais, irmãos e amigos, por termos opiniões diferentes e por causa do orgulho, do ego ferido e de outros tantos motivos que fazem com que percamos a oportunidade de viver a alegria daquele momento, o prazer em sentir-se mais leve por perdoar, por ter ligado e ter feito as pazes.
Por esses e outros motivos digo a você, caro leitor, o quão importante é viver o agora, pois amanhã será tarde demais para querer mudar e fazer o que não foi feito. Sabemos quando perdemos uma oportunidade de amar intensamente alguém, quando inesperadamente recebemos a notícia do óbito.
Todos nós sabemos que esse é o destino final, mas nunca estaremos preparados para receber tal notícia. E como nos custa para aceitar que alguém que amamos se foi, seja por qualquer motivo: idade, doença ou de forma inesperada e trágica.
E o que acontece nesse momento? Um repentino pensamento de que perdemos a chance de ter ido visitar, tomar um café, falar, perdoar, ter a oportunidade de pedir perdão se por alguma razão magoamos alguém também.
Questionamentos esses que surgem ao nos depararmos com a perda repentina de alguém que amávamos e admirávamos, mas que por inúmeras razões não tomamos a atitude que nos permite nos sentir melhores para o agora, ficando talvez com um sentimento vazio. Sugiro que com essa leitura você consiga perceber a importância do agora.
Viver o agora não quer dizer que não façamos planos, que não traremos conosco metas e objetivos a serem alcançados. Sim, devemos querer o melhor sempre para o próximo segundo, para o próximo minuto, hora, para o novo amanhecer, para o próximo mês e ano.
Mas não nos impede de viver o presente, olhar para o horizonte e ver quanto somos agraciados pelo presente, ter o ensejo de ouvir o cantar dos passarinhos ao amanhecer, de sentir a brisa de manhãs frias, ao contemplar o verde diante dos nossos olhos, os animais, de quanto a natureza pode nos oferecer ao viver o agora. A correria do dia a dia nos impede de prestamos atenção a pequenos detalhes.
Este ano, em meio a pandemia, fomos obrigados de forma brusca e inesperada a parar. Quantas famílias já não se falavam mais, quantos pais se sentiram perdidos por estarem acostumados a deixar os filhos na escola ou com babás? Mas, continuaram em uma louca rotina, entre trabalho, estudos, casa e atividades ininterruptas que não permitiam que olhassem para o agora. Viva a vida intensamente, seja feliz, faça as pazes, seja leve, viva o agora, você tem a oportunidade de ser sua melhor versão a cada instante.
Fernanda Salsa
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