Baseado na fábula do elefante acorrentado de Jorge Bucay
Um dia, um menino pediu aos pais que o levasse, queria ver o espetáculo.
Ele tinha notado que haviam animais colossais e misteriosos naquele circo. Um tigre, um leão, um elefante e várias zebras. Tudo parecia incrível!
Seus pais compraram pipoca e algodão doce. Ele estava adorando as guloseimas, mas principalmente o espetáculo, que parecia uma coisa de outro mundo. Ficou encantado com os trapezistas e, é claro, com a apresentação com os animais.
Ao fim do espetáculo, quis ir aos bastidores para ver os artistas e, é claro, os incríveis animais. E assim o fez. Passeou com os pais pelo lugar e viu, ao fundo, o local onde ficavam as jaulas dos leões, tigres e das zebras. Mas os elefantes, no entanto, estavam ao ar livre. O menino se aproximou e viu que uma de suas patas estava presa a uma corrente que estava ligada a uma pequena estaca no chão. O animal não se movia, só permanecia pacientemente parado.
Algo o intrigava na história do elefante acorrentado.
O menino voltou para a sua casa muito pensativo, não tinha gostado de ver os animais presos em jaulas, no entanto, o que mais o intrigou, fora o elefante. Ele estava livre, mas ao mesmo tempo preso. Mesmo que a corrente fosse grossa, era possível ver que o elefante poderia se livrar dela se quisesses. Afinal, ele era um animal gigante e forte.
Ao chegar em casa o menino perguntou aos seus pais, porque o elefante estava amarrado a uma corrente ligada a uma pequena estaca no chão. Os pais disseram que era “para que ele não fugisse”. Para que não fugisse? Ele podia fugir quando quisesse! Uma corrente ligada a uma pequena estaca no chão, não era um grande obstáculo para ele. Então, “por que ele não foge?” Os pais deram de ombros e não responderam nada.
O menino continuou inquieto e, no dia seguinte, fez a mesma pergunta a um sábio da cidade. Ele lhe deu uma resposta contundente: “Ele não foge porque acredita que não pode.”
Por maior que seja o elefante, houve um tempo no qual ele foi pequeno. Foi quando acorrentaram sua pata a uma pequena estaca no chão. O pequeno elefante lutou para se livrar da estaca, sem sucesso, até que desistiu.
O menino percebeu, então, que o elefante não tinha se dado conta de quanto tinha crescido e de que era um animal formidável. Na mente dele, só havia a lembrança da luta feroz que travara contra a corrente presa à estaca quando era pequeno. Por isso, agora, mesmo podendo se libertar, não tentava mais. A lembrança do passado era mais forte do que a possibilidade do presente.
Houve alguma identificação com essa fábula do elefante acorrentado? Quais as historinhas que você está contando para você mesmo, a fim de justificar a situação de sua escassez atual? O que impede você de mudar e fazer uma jornada, rumo a sua melhor versão, é você mesmo. Eu posso te ajudar, me manda uma mensagem e vamos conversar.

Marcus Mello

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