O tema deste artigo, é a continuidade do anterior, publicado aqui. Agora, vou abordar a importância do controle do seu negócio em prol da busca da sustentabilidade dele.
São duas ferramentas administrativas (plano de negócios e fluxo de caixa) de fácil elaboração e entendimento, que é acessível à maioria dos empreendedores. Mas, que, com a implantação delas o seu negócio passa a ter visibilidade, levando em conta o resultado econômico e financeiro de curto, médio e longo prazo.
Primeiro, abordaremos a importância da ferramenta “plano de negócio”:
A grande maioria das micros e pequenas empresas não tem um plano de negócio estruturado eficientemente. O que normalmente se faz na constituição da empresa, o empreendedor baseado em sua experiência, mas sem conhecimento fundamentado de gestão empresarial, elabora um plano de negócio pobre com dados básicos, que na realidade mais parece um fluxo de caixa.
Como resultado da falta de um estudo mais elaborado, a maioria das empresas fecha as portas antes de completar dois anos de existência. Para corroborar essa estatística, a seguir, apresento parte do artigo publicado no site da SISTEMABR, escrito por Francisco Venturinio, Formado em Administração de empresas pela UEM (Universidade Estadual de Maringá) e em Comércio Exterior pela UniCesumar, com MBA pela FGV em Gestão de Marketing, em 20/05/2019.
“De acordo com o Sebrae, mais da metade das empresas (58%) com até dois anos de atividades não sobrevivem no mercado, isso sem considerar os Microempreendedores Individuais (MEIs) no levantamento. Ainda segundo a pesquisa, os principais fatores causadores da elevada taxa de mortalidade de micros, pequenas e médias empresas no Brasil são: falta de planejamento e gestão financeira ineficiente” (destaque meu).
As micros e pequenas empresas precisam no mínimo de um plano de negócio simplificado que abranja os seguintes tópicos:
- Natureza do Negócio – descrever o ramo e o tipo do negócio;
- Objetivos Estratégicos – baseado na região e o local físico do empreendimento, além de definir o perfil do cliente que quer atingir;
- Marketing – baseado no ramo e no perfil do cliente, implantar a divulgação da empresa com um tipo de propaganda mais assertiva ao cliente alvo;
- Análise de Cenário – fazer benchmark – elaborar uma pesquisa dos seus principais concorrentes na região, verificando o que e como atuam estas empresas, com relação à qualidade, preços, diversidade, entre outros, dos produtos e/ou serviços prestados. O relatório de benchmark apresentará as vantagens e as desvantagens da sua empresa em relação aos seus concorrentes. Possibilitando assim, reverter ou minimizar as desvantagens. Com isso, você despertará mais interesse dos clientes;
- Análise do Investimento:
- Demonstrativo do Fluxo de Caixa – fazer o fluxo de caixa incluindo todas as despesas e receitas, desde a sua implantação até os próximos 12 meses seguintes. Pela sua importância, trataremos este tema com mais detalhe, no próximo artigo;
- Criar Indicadores – criar indicadores específicos para o seu negócio, como exemplo: receita x custo; receita x cliente (ticket médio por cliente); custo total das despesas mais relevantes como a matéria prima, fornecedores, energia, frete e outros e o custo fixo x receita; relativo ao período analisado x o período anterior. O período para a compilação dos dados pode ser semanal, quinzenal ou mensal.
- Análise do Ponto de Equilíbrio – o ponto de equilíbrio é o valor das despesas igual ao valor da receita, ou seja, o valor da receita menos o valor da despesa resulta lucro zero. A partir daí, todo aumento de receita começa a gerar lucro para o negócio.
Com um plano de negócio com estes pontos, o empreendedor terá uma ferramenta gerencial econômico e financeiro, importante para tomada de decisões de correção de rumo ou até para novos investimentos. E aí empreendedor? Com todo este conteúdo apresentado, vamos arregaçar as mangas e ir à luta e implantar controles de gestão?
Sérgio Carrijo
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